A Rota das Frutas RIDE-DF participou do XXIX Congresso Brasileiro de Fruticultura 2025, em Campinas, São Paulo (4 a 8 de agosto), e aproveitou para realizar duas visitas técnicas no interior paulista: biofábrica de mudas em Analândia, São Paulo, e ao Sítio Figueira da Mata, em Joaquim Egídio, Campinas, São Paulo. Foi uma imersão completa — da pesquisa ao pomar, da muda à pós-colheita — com foco em padronização, eficiência e mercado.
Congresso: pesquisa, inovação e mercado falando a mesma língua.
No Expo D. Pedro, o Congresso Brasileiro de Fruticultura 2025 reuniu pesquisa aplicada e o setor produtivo em torno de temas centrais para a fruticultura moderna. A ROTA acompanhou palestras e painéis sobre:
– Agricultura 4.0 e agricultura de precisão;
– Manejo de água e estratégias de irrigação;
– Controle biológico e uso responsável de insumos biológicos;
– Classificação, rastreabilidade e tendências de consumo;
– Logística, planejamento da produção, tributação, exportação e vitivinicultura.
Houve ainda um dia especial para as “frutas pequenas” (berries), em que casos de mamão, abacate, goiaba, pitaya, maracujá, uva e banana dividiram espaço com mirtilo, framboesa, amora e morango, oferecendo visão ampla de sistemas produtivos, exigências de mercado e oportunidades de agregação de valor.
A participação reforçou a ponte produtor–ciência que a ROTA DF vem construindo na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno: traduzir o conhecimento técnico para a prática de pomar, ajustar calendários de colheita, qualificar a pós-colheita e destravar canais de comercialização. Ciência, eficiência e mercado — o tripé que sustenta a expansão regional.
Visita técnica 1 — Biofábrica e campos experimentais (Analândia, São Paulo)
A equipe foi primeiramente a Analândia, São Paulo, para conhecer a biofábrica de mudas e os campos experimentais de mirtilo. No local, o grupo observou de perto a micropropagação via cultura de tecidos e os protocolos de aclimatação que garantem uniformidade e sanidade às plantas.
O aprendizado prático incluiu recebimento de material vegetal, etapas de multiplicação, cura, aclimatação e padrões para entrega de mudas ao campo — etapas decisivas para redução de perdas e padronização do pomar.
Visita técnica 2 — Sítio Figueira da Mata (Joaquim Egídio, Campinas, São Paulo)
Na sequência, a comitiva esteve no Sítio Figueira da Mata, da produtora Karine Moreira, que cultiva mirtilos (variedades Emerald e Jewel), framboesas e amoras, e prepara estufa para morangos — sinal do bom desempenho das frutas vermelhas na propriedade.
O circuito incluiu ainda a integração com a produção leiteira de búfalas e um queijo artesanal que dialoga com geleias de frutas vermelhas: agregação de valor dentro da porteira, com identidade do território e experiência ao consumidor.
O que essa viagem entrega para a RIDE-DF :
Do berço da muda à prateleira: roteiro completo para reduzir variabilidade, ganhar regularidade e elevar padrão.
Padrões claros de qualidade: classificação, embalagem, rotulagem e cadeia fria como fatores de preço e reputação.
Eficiência de pomar: lições sobre manejo, colheita, água e fertirrigação que convertem ciência em resultado agronômico.
Planejamento comercial: previsibilidade de safras e volumes e aderência aos requisitos do comprador (varejo, indústria e mercado institucional).
Agregação de valor: exemplos reais de marca própria, produtos derivados e turismo rural.
A missão em Campinas e Analândia confirma o caminho que estamos trilhando: conectar quem produz a quem compra, com método, qualidade e visão de longo prazo. A ROTA DF segue transformando conhecimento em prática, e prática em mercado – para que a fruticultura da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno ( RIDE-DF) cresça de forma consistente e sustentável.