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Integração, pós-colheita e eficiência comercial para as berries da RIDE-DF
A Rota das Frutas RIDE-DF realizou missão técnica à Península Ibérica para observar, em campo, modelos de organização, tecnologias de produção e rotinas de comercialização de frutas vermelhas. O roteiro combinou visitas a produtores, viveiros, centros de pesquisa e packing houses em Portugal (Guimarães) e Espanha (Huelva). A partir dessas referências, a ROTA absorve mais experiência e boas práticas, com foco em eficiência de pomar, padronização de qualidade e competitividade no mercado.

Portugal – o modelo integrador e a disciplina da pós-colheita
Em Guimarães, a delegação conheceu o grupo BFruit, referência de empresa integradora de produtores de berries. O modelo visitado reúne qualificação técnica, recebimento e classificação, embalagem e distribuição para o mercado português e europeu, oferecendo previsibilidade a quem produz e consistência a quem compra.
Na sede da empresa, a CEO Fernanda Machado apresentou o fluxo completo — do planejamento de safra ao embarque — e reforçou a importância de protocolos claros de padrão de fruta, calibres, rastreabilidade e tempo de ciclo entre colheita e expedição.
A comitiva percorreu o packing house, acompanhando em detalhe as etapas de recepção do lote, triagem, controle de temperatura, etiquetagem e montagem de caixas para clientes distintos (varejo e atacado). Em seguida, visitou campos de mirtilo e áreas mistas (framboesa e amora), discutindo sazonalidade, ajustes de mão de obra, contratos e desempenho de variedades frente a diferentes condições climáticas.

Espanha – produção, água e fertirrigação sob lupa
Em Huelva, a ROTA DF esteve no IFAPA – Instituto Andaluz de Investigación y Formación Agraria, Pesquera y Alimentaria, para avaliar sistemas protegidos, plantio em solo e protocolos de colheita com mirtilo ‘Emerald’.
Um ponto central da visita foi a gestão da água: os pesquisadores destacaram a necessidade de correção química e monitoramento constante da qualidade — realidade distinta da condição hídrica do DF. A equipe discutiu fertirrigação, uso de sensores, calibração de dosadores e softwares de apoio à tomada de decisão, além de acompanhar poda de mudas e critérios de renovação de canteiros, lições imediatamente transferíveis para os sistemas da região da RIDE-DF.

O que trazemos para casa:
– Organização em rede: o modelo integrador observado em Portugal confirma a importância de central de recebimento/beneficiamento com regras de qualidade, janela de entrega e contrato claro.
– Padrão e velocidade: embalagem e cadeia fria bem definidas encurtam o tempo entre colheita e prateleira, sustentando preço e imagem da fruta.
– Água e nutrição: correção e monitoramento de qualidade da água e da fertirrigação reduzem variabilidade de lote e perdas na colheita.
– Planejamento comercial: previsibilidade de safras e volumes para fechar agenda com compradores (varejo, indústria e exportação).
– Adaptação ao Cerrado: manejo sob clima quente, variedades testadas, padronização de classificação e rotulagem e logística de longas distâncias.

Próximos passos na RIDE-DF:
Com base na missão, a ROTA DF começa a pensar na padronização de pós-colheita, na formação de grupos de entrega programada, no calendário de capacitações e na construção de uma agenda comercial com cooperativas e parceiros. O objetivo é transformar aprendizado em rotina: fruta uniforme, regularidade de oferta e acesso a melhores mercados.

A missão técnica confirma o caminho que já estamos trilhando: conectar quem produz a quem compra, com método, qualidade e visão de longo prazo.

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